quinta-feira, agosto 28, 2008

Quatro Estações

Quatro estações
Quatro cantos
Quatro paredes

Nova, crescente, minguante, cheia
Estonteante
De quatro

Quanto ao
Quarto

Onde?



(este poema foi criado para o sarau, cujo tema era "quatro estações", da AIC - Academia Internacional de Cinema . Sarau que eu não fui. Droga! São Paulo suga a gente, precisei de uma noite de descanso).

terça-feira, agosto 26, 2008

Vauxhall - design e estilo

Vauxhall vêm alimentando e patrocinando talentos criativos através deste projeto fino e bem concebido, o qual reflete o compromisso da marca com estilo e design.

Dá uma olhada no site:

http://www.vauxhallcollective.co.uk/site/

segunda-feira, agosto 25, 2008

Uma mulher, 25 anos, Kika.

Uma mulher, 25 anos, Kika. Apesar de sua imagem “mulher fetiche”, sente-se ora angustiada, ora dissimulada, isto é, incomodada com a vida. Por, apenas, viver? Eh, viver numa fatia da sociedade rodiada por programas, pessoas, conteúdos, superficiais; em que comportamentos e consumo são ditados e adotados como uma síndrome do “é inaceitável ficar de fora” ou “o importante é se divertir”. Enfim, uma diversão evasiva que parece entreter Kika e seu meio social.

Kika freqüenta lugares interessantes, - restaurantes, bares, festas e até exposições de bons artistas - rotulados por alguns de cool,. Mas, mesmo sempre ocupada e requisitada, convive com uma incrível falta de preenchimento interno. Repara que ao seu redor - ambiente, amigas, namorados e exs, há pouca verdade, muita ostentação, fora certa, pretensão disfarçada de despretensão, como chique-despojado. É nesse contexto que Kika vive episódios em que sofre, apronta; usa o divertimento como saída para lidar com o mundo.

Certo dia, entediada, - um tédio misturado com vontade de fazer algo não fútil. Kika vai fumar um cigarro na varanda. Ela adora fazer isso. É um de seus únicos momentos em que não pensa em nada que seja obrigada (como pano de fundo toca um house-music, cujo vocal canta “Everybody is free in the new day coming freedom for all is a destine”).


Narro o livro de Kika (aspectos de sua vida: traição, disciplina, inquietações, arrogância, mentirinhas e excessos). Fatos que sufocam a identidade de Kika e de pessoas de seu mundinho.

Kika enjoy.

Storyline Kika

para encontro Marcelo C. Cunha

(Criação Literária - Academia Internacional de Cinema)

Joselito em vida promissora

Barro jorrado no pára-brisa sem limpador, foi a visão de Joselito na hora do acidente.
Joselito, 23 anos, 5h am, ponto de ônibus, São Paulo.
Hoje é seu primeiro dia de trabalho, motivo de orgulho para família Alagoana. A mãe, dona Dulce, vive dizendo às vizinhas - Joselito tá bonito, comprô uma camisa pra trabalha. Eu nem reconheci meu filhinho. Achei que ele era o moço do banco Itaú, imagina só! Ele disse que no final do mês vai da pra manda um dinheirinho pra nóis. Lá é tudo caro, ele vai ganhar bem, viu! Ah, e parece que ele tá se engraçando com uma menina de lá. Falei pra ele tomar cuidado que essas meninas de São Paulo, de boba só a cara.
Dez reais, para condução; celular pré-pago e um porta documentos, novinho, de couro sintético, a ser preenchido com a carteira de trabalho assinada. Com ar de menino recém virado homem, está pronto para enfrentar seu dia: novas pessoas, trabalho, rotina e cidade.
Um Ômega preto, modelo 2008, aproxima-se. Não se vê o motorista, mas dá para perceber nele certa arrogância, coberta pelo vidro fumê blindado, que não abre nem uma frestinha: medo de assalto. O motorista não faz questão de interagir com o lado de fora do carro, do mundo. De repente, um susto daqueles em que se perde a voz: o carro, em alta velocidade, perde a direção. Um buraco o joga para a direita e Joselito, cumprindo seu papel de pedestre, espera sua condução, ao lado direito, embaixo do ponto. Impotente na situação, o garoto cai, de nuca na guia, impactado pela surpresa que a vida numa grande cidade lhe traz. A aglomeração de pessoas, nada coerente num centro urbano, -pólo econômico, onde pessoas praticamente sobrevivem, buscando status.
A essa hora não há ninguém na rua e o carro foge. A única pessoa nos arredores é seu Nelson, dono da padaria, que abre às 5h15am. Seu Nelson vê sangue no asfalto; corre para ver o que aconteceu com aquela pessoa, caída no outro lado da rua. Seu Nelson abre o porta documentos: vazio, apenas dez reais e um celular. Pega o aparelho e liga para a emergência 190. Escuta a gravação “você não tem crédito suficiente para efetuar essa chamada”, desesperado tenta “Jacira”, “mãe”, “tia Cleide”, nomes encontrados na agenda, nada. O celular toca, a ligação cai. Sem crédito suficiente. Basta esperar para que a pessoa ligue de novo, equanto, corre para padaria e chama a ambulância.
A cidade vai acordando e se movimentando; a luz do sol não mais focada, agora estourada. A rua enche-se de carros, os pontos de ônibus de pessoas, em volta de Joselito uma roda de curiosos. Alguns tentam acalmar seu Nelson, nervoso com a demora da ambulância. Escuta-se a sirene ao fundo, sua luz vermelha é vista embaçada pela poluição, da hora do rush.
Storyline - o personagem:
Ele (a) classe C,
acaba de descobrir algo que redefine sua vida,
tem um celular sem crédito.
Exercício para o encontro com Marcelo C. Cunha
(Criação Literária - Academia Internacional de Cinema)

segunda-feira, agosto 18, 2008

Aliteração do Amor

Amor

Sem significado
Sexo

Sem saudade
Tédio

Sem sonho
Ilusão

Sem tesão
Rotina

Sem resposta
Solidão

Sem paixão
Poeira

Sem desejo
Indiferença

Simples
Sem verbo

Amor

quarta-feira, agosto 13, 2008

Uma recente história da escrita e do desenho

Em cartaz até dia 31 de agosto no ICA - Institute of Conteporary Art, London.




A recente história da escrita e desenho é uma exibição que explora a envolvente relação entre tecnologias, comunicação e seus usuários.

O projeto é programado pelo designer Jürg Lehni, pelo design gráfico Alex Rich e pela curadora, design historian, Emily King. Envolvendo uma variedade de técnicas interativas e não interativas de escrita e desenho.

O destaque da exposição é Viktor uma grande máquina de desenhar nas paredes, controlada por uma versão adaptada de um software de design, e feita por uma pequena indústria de motores

Às quintas-feiras, a tarde a galeria recebe palestrantes (designers, artístas e músicos) que são conhecidos por usarem tecnologias de modo considerávelmente ortodoxo.

Durante o evento, Viktor irá assinar o acompanhamento do material na parede da galeria, mudando a imagem que usurá, na próxima semana.

terça-feira, agosto 12, 2008

Poesia nas paredes, manifestação sem pudor

Poesia nas paredes, decoração? Para alguns sim, para outros uma forma de expressão, chamar a atenção de quem quer que passe. Escancarar sentimentos ao público, induzindo a pessoa alheia ao pensar.


Tinta, pulseiras do Bonfim e texto são os três elementos que compõe o quadro.
Texto que está escirto na obra:

“A vida endurece a gente e nos momentos de aflição esquecemos que é feita de amor e sem ter onde buscar forças... mas nos detalhes se escondem belezas o vazio transformam em tristeza...matriz da poesia a poesia que junto a vira boemia vira alegria! E é esta que com sinceridade acaba-se por transformar-se em realidade...viva a boemia” Paulo 2008

Mesa Dry Bar (Al. Tiete com Padre
João Manuel, Jardins, São Paulo)


No banheiro pode-se ler trechos de cartas que Di Cavalcanti escrevia à suas amantes:
“carta de + - e confio na sinceridade de suas palavras quero dizer que sua carta anterior foi um desabafo porque não sei bem explicar a razão de certas desconfianças suas em relação a amizade coloca-se em plano separado porque ela é mãe de Elisabeth.”
“sempre digo o quanto você me faz bem como mulher e como amiga não quero procurar outras aventuras novas.” Cartas de Di Cavalcanti.
Banheiro Di Bistro - Rua Jacurici 27, São Paulo



“Apaguem a miséria e não o grafite”
Mundano
(grafiteiro, em São Paulo).


Warhol já previu os "15 minutos de fama", milhões de indivíduos cravando a imortalidade, ou ao menos, alguma atenção pública. É aí que o grafite se encontra com a vaidade, com o intuito de aparecer, neste caso em forma de protesto, para a massa.




“O homem é menos ele quando fala (da) na (em) sua própria pessoa.
Dê-lhe uma máscara, e ele dirá a verdade” Oscar Wilde

“Para enxergar com clareza basta mudar a direção do olhar” Saint-Exupéry

Casa de meus amigos Marcos e Roberto Vietre São Paulo.

“Escrevo porque preciso. Melhor, vivo porque escrevo”
Personagem Camila Lopes, em “Nome próprio”, filme de Murilo Salles.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Toyota conquistando espaço digital


Apoida no bem formulado e paradoxal conceito: "Unidos pela Individualidade" a campanha do Scion, Toyota aumenta suas vendas em 8%, enfatizando o efeito em se construir uma comunidade da marca.

Fóruns, web-sites foram criados para jovens se conectarem e participarem de uma discussão tech-literate (palavras-technológicas) sobre tudo, desde design até econômia de gasolina. (O grafiteiro Eaton Tristan foi um dos recrutados para dar sua palavra).




quarta-feira, agosto 06, 2008

Grafite em London Grafite em São Paulo

LONDON
CY TWOBLY
19 de junho a 14 de setembro 2008

Supported by the Cy Twombly Exhibition Supporters Group,
Tate International Council, the American Patrons of Tate
and the Horace W. Goldsmith Foundation.


Tate Modern London - http://www.tate.org.uk/modern/ é o primeiro museu público de grande porte
que expõe a arte do grafite.
Dentre os 10 grafiteiros escolhidos dois são do Brasil, (Nunca e os Gêmeos).

Como diz a revista da Folha em reportagem sobre o grafite
“grafiteiros grafitam como jogam bola”.

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SÃO PAULO
FILE apresenta pela primeira vez no Brasil, em São Paulo, o Eletronic Graffiti by Graffiti Research Lab (de 05 a 08 de Agosto).
Aqueles que seguem a evolução do grafite sabiam que em alguma hora a technologia iria invadir a área e permitir caminhos préviamente impossíveis de grafitar prédios e outras construções.

BIOGRAPHYGrup o nova-iorquino pioneiro na invenção de técnicas que desafiam as dimensões da arquitetura urbana.

ABSTRACTO L.A.S.E.R. Tag é uma caneta de laser com a qual você pode grafitar prédios inteiros, com ajuda de um projetor de grande escala. Qualquer pessoa pode criar frases e desenhos com este instrumento, que já passou por construções como a ponte do Brooklyn, o Coliseu e museus e galerias como a TATE em Londres e MoMA em Nova Iorque.
www.file.org.br



terça-feira, agosto 05, 2008

Banksy e Identidade Artística

Banksy é um dos grafiteiros de maior reputação internacional. Nascido na Inglaterra, é possível encontrar seus stencils em vários locais da cidade de Londres, seguem alguns endereços para quem quiser fazer um programa turístico diferente na cidade:

- Post code EC2A 3JZ – Map/reference TQ 33057 82557 (no econtro de Old street com Great Eastern street)
- Post code N1 7LP - Map/reference TQ 32551 82807 (ao lado de for a do Fifteen Restaurant, de Jamie Oliver)
- Post code EC2A 3BS – Map/reference TQ 33249 82500 (ao lado do “The Elbow Room”, Pool Lounge & Bar)
- No quintal do Cargo, club descolado e famoso do bairro de CandemTown, norte de Londres. A casa apoiou Banksy desde o início de sua carreira.
- Post code SE1 7JA – Map/reference TQ 30594 79812 (na ponte de granito, em Southpark, perto da London Eye).


Sua obra é carregada de conteúdo social expondo claramente uma total aversão aos conceitos de
autoridade e poder. Normalmente, faz críticas sociais, mas também comportamentais e políticas, de forma agressiva e sarcástica, provocando em seus observadores, quase sempre, uma sensação de concordância e de identidade. Em seu site é dita a seguinte frase: I am unable to comment on who may or may not be Banksy, but anyone described as being “good at drawing” doesn’t sound like Banksy to me – www.banksy.co.uk - o que se parece típico de sua personalidade. Seu rosto não é conhecido por ninguém.






Dead Language. Image: Simon Houghton – (ICA Institute of contemporary arts, London)



Esta é uma montagem de réplicas, conduzida por um clone de Banksy, cujo dna ainda não foi encontrado nem numa lata de spray. Rascunhos de Tracey Emins e para complementar meia dúzia de Andy Warhols, expressando um futuro onde todas as formas de arte são livres, perfeitas réplicas sao criadas, cópias e autorias perdem significado, idéias custam pouco e são reproduzidas infinitamente. Artistas perceberam que sua própria identidade é uma das únicas coisas que ainda conseguem controlar. Então, fãs se tornam clones de artistas com a condição de distribuir sua arte/identidade.

“Should the artist actually create the work, or does his idea or description of it suffice?What is the relationship between original and reproduction, individual and crowd, art and commerce?” Andy Warhol